Deixar ir.. Isso eu não consigo, nunca consegui, sou
possessiva demais. Defeito? Claro, sufoca, mas nem é a pessoa que eu sufoco, eu
sufoco a mim mesma, não demonstro, morro sozinha. Mas tenho os pés nos chão.
Sempre soube que não tínhamos futuro. Sempre fomos sem começo, sem meio, porém,
com fim. Um fim que eu fui adiando, adiando e adiando. E cheguei à conclusão
que ta na hora de acabar com as reticências, vamos por um fim nessa historia,
um ponto final, triste, frio e duro. Desapegar, deixar ir, limpar, renovar,
abrir mão. Nunca pensei que seria tão difícil largar sua mão, mesmo que por tantas
vezes doeu segura-la. E você, assim como todos que chegaram, não veio para
ficar e sim bagunçar. Mas nunca se vai por completo, sempre fica algo, ficam as
lembranças, os desejos, os sonhos, os planos e algo pior que o fim propriamente
dito, fica a saudade. A saudade das conversas, das risadas, dos beijos, das
brigas, dos sorrisos, dos abraços, do cheiro e dos momentos. Saudade não de você,
mas de nós. Porque você era tão bom que me fazia ser melhor. E como deixar ir
aquilo que me faz ser melhor? Como abrir mão daquilo que me faz sorrir feito
boba? Ou simplesmente, como dar tchau pra melhor parte do meu dia? Mas é necessário
deixar ir, só fica quem quer, e quando um não quer é melhor nem insistir, vai
que dá briga.
Rafaella M.
Rafaella M.
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